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domingo, 13 de novembro de 2011

Empresa, substantivo feminino

As empresas são mais femininas quando são mais tolerantes?

Uma empresa feminina não é aquela cujos produtos são dirigidos às mulheres nem é uma que é comandada por uma executiva. Uma companhia que apresenta atributos femininos até pode ter essas características, mas não é isso que a qualifica. Pode ser uma fábrica de chuteiras e ser dirigida por um tomador de cerveja e, mesmo assim, ser uma empresa feminina se ela tiver uma coisa: fertilidade.

Corporações férteis são as que podem ser fecundadas por novas ideias, estão preparadas para gerar projetos e são capazes de produzir novas formas de vida e aumentar a prole das realizações felizes, dos resultados surpreendentes e da longevidade empresarial. Empresas são femininas quando são mais tolerantes, quando não se negam a aceitar desafios. Porque assim são as mulheres, que trazem em sua composição vital algumas características de adaptabilidade e resistência que às vezes faltam a seus pares homens. O que não significa que eles não possam tê-las ou desenvolvê-las. Trata-se de uma questão de vontade e de inteligência.

Conheço empresas femininas em todas as áreas e as reconheço com facilidade. São aquelas em que o ambiente é bom porque há uma preocupação com a felicidade, e a conseqüência são as pessoas mais comprometidas, que sentem mais confiança e têm espírito mais colaborativo. Uma companhia com perfil feminino usa sua fertilidade para produzir benefícios para si mesma e para todos, pois entre suas qualidades está a generosidade.

Esse é o tipo de organização em que a inovação faz parte da cultura, não é apenas uma exigência da crise. Nesse tipo de ambiente a criatividade corre solta, como um animal de estimação, e é bem tratada por todos. A comunicação é farta, a colaboração é plena e o aprendizado é uma constante. Todas essas qualidades podem ser desenvolvidas e implementadas, até para aproximar a companhia de sua essência. Afinal empresa é, sim, um substantivo feminino.


Fonte: Revista Você s/a nº148, 01/10/2010, Por Eugênio Mussak

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Fuja da fofoca no trabalho

Você já sabe da última? Aquela fulana que não perde a oportunidade de fazer comentários maldosos no trabalho pode estar na maior crise. Investigamos o que há por trás da vontade compulsiva de diminuir os outros e como virar o jogo a seu favor sem ficar refém da panelinha .



Que ninguém nos ouça: todo mundo faz comentários sobre a vida alheia. Mas falar é bem diferente de questionar a reputação ou o caráter de alguém, certo? Ainda mais quando a prática vira hobby. Se você não abre os olhos, fecha os ouvidos e administra as palavras, acaba envolvida na indústria da fofoca, como agente ou vítima. A boa notícia é que dá para desativar a linha de produção ou até tirar proveito dela.


Por que as pessoas fazem fofoca


Desmotivação


Dois motivos clássicos levam um funcionário a perder o brilho nos olhos e começar a fofocar: falta de promoção e de aumento de salário depois de certo período. Mas há um terceiro que nem todo mundo nota, que é a repressão. “Pessoas tidas como fofoqueiras são, em geral, mais extrovertidas do que as outras”, diz o consultor em gestão de pessoas Eduardo Ferraz, autor de Por Que a Gente É do Jeito Que a Gente É? (Gente). Quem é mais vibrante pode se sentir tolhido caso o ambiente profissional seja cheio de normas e regras.
 
A DISSEMINAÇÃO “Insatisfeito, o fofoqueiro passa a praticar uma espécie de bullying adulto para encontrar sentido na rotina. Ataca os ‘diferentes’, como aqueles que estão satisfeitos ou que têm características físicas peculiares”, avisa Ferraz.

O ANTÍDOTO Se desmotivação não é com você e a panelinha atacar, entenda como prova de que sua carreira está no trilho certo. Os pontos que os outros criticam podem ser os trunfos que fazem você se destacar na multidão.




Comunicação falha

A comunicação interna deficiente também é um dos principais detonadores da fofoca no trabalho. Se a informação é transmitida a um número restrito de pessoas, vai valer ouro nas mãos – ou melhor, na boca – daqueles poucos que a detém.


A DISSEMINAÇÃO A gerente divide apenas com a pupila que haverá corte de custos. Esta conta para a melhor amiga, que pede segredo à outra, que comenta... O telefone sem fio vira: “Metade da empresa vai ser demitida”.

O ANTÍDOTO Ir direto à fonte demonstra maturidade. Tendo abertura, você pode contar ao chefe quais são os rumores – sem citar nomes – e perguntar se seu trabalho é visto com bons olhos. “A conversa vira feedback que outros funcionários, perdidos em fofoquinhas, jamais terão oportunidade de aproveitar”, pontua o consultor de empresas Eduardo Shinyashiki. Esclarecido o assunto, corte o boato quando ele voltar aos seus ouvidos.


Inveja

A inveja é como uma bactéria: precisa de um ambiente propício para se instalar. E nenhum habitat é mais convidativo para a fofoca do que uma empresa que faz da competitividade entre os colaboradores sua marca. Não significa que todo competidor seja invejoso, claro, mas aquele que não confia no próprio taco assume esse papel. Vive amargurado porque não tolera o sucesso alheio e chega a fazer birra. Se o outro tem e ele não, solta comentários maldosos do tipo: “Só chegou lá porque saiu com o diretor”.

A DISSEMINAÇÃO “O brilho alheio desencadeia um sentimento de irritação rancorosa”, observa a psicóloga Dorit W. Verea, diretora da Clínica Prisma – Centro de Tratamento Intensivo para Transtornos Emocionais, em São Paulo. É uma autodefesa.

O ANTÍDOTO Ao ser alvo desse tipo de fofoca, a saída inteligente é ter frieza e equilíbrio. Não precisa pedir desculpas ou justificar que merece os frutos colhidos nem ficar de conversinha com o alto escalão só para mostrar que chegou lá. Sucesso não se explica, se conquista.


Vontade de agradar

“Por favor, me aceite!”, parece gritar a colega da sala ao lado ao surgir com aquela notícia bombástica. Pessoas que pecam pela vontade de agradar são extremamente carentes e desejam compartilhar a informação que receberam para se sentir parte de uma turma. Isso ocorre provavelmente porque se consideram deixadas de lado.

A DISSEMINAÇÃO Geralmente, os carentes profissionais não iniciam a fofoca; são meros agentes difusores. “Querem mostrar acesso a informações privilegiadas”, diz Marcia Bandini, diretora da Associação Nacional de Medicina do Trabalho.

O ANTÍDOTO Estar no centro das atenções tem um preço, mas pode ser compensador. Quando você é o alvo, vale demonstrar – não precisa dizer nem adotar um ar superior – que seus ouvidos têm melodias melhores do que fofocas para escutar. Um simples “Querida, preciso ir” coloca ponto-final e deixa claro que sua energia está focada em progredir. Essa atitude conta muitos pontos a favor da sua imagem.

 


Etiqueta na selva do escritório

• Mesmo que você não frequente os corredores, evite soar antipática ao cortar um comentário desagradável de um colega. Relacionar- se com todos é uma arte. Sorrir e mudar de assunto é a melhor estratégia.

• Caso ocupe posição de chefia e alguém da equipe contar que há boatos a seu respeito, diga que vai averiguar. Se for necessário, convoque uma reunião para esclarecimentos.

• Quem decide tirar satisfação com o suposto fofoqueiro acaba enaltecendo a fofoca, tornando-a mais forte e poderosa. Se for bobagem, fique na sua.

• Quando uma fofoca grave envolver seu nome ou deixá-la preocupada, não hesite em conversar com seu gestor ou com algum representante da área de Recursos Humanos.


 
Ilustrações Caco Galhardo
Fonte: Revista Cláudia do mês de Julho/2011

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Profissional pode mapear dispensa

05/06/2011 - 07h10
Folha de São Paulo



As dispensas são cada vez menos surpreendentes para quem é demitido. "Feedbacks" negativos e exclusão de projetos de longo prazo são alguns sinais que permitem ao executivo identificar se o seu posto está em perigo.


Não ser mais considerado para novos planos e programas é um dos indicativos de desligamento pontuados por Fabiana Queiroz de Souza, diretora de operações da consultoria D.Queiroz, de recolocação de profissionais.

"Além de perceber se está sendo colocado 'na geladeira', o executivo deve acompanhar se o que foi prometido em relação a promoções e aumentos salariais vem sendo cumprido", indica Souza.



Aliado a isso, é preciso ponderar a área de atuação. Profissionais fora da atividade-fim são, geralmente, considerados "menos necessários" do que os ligados ao coração da companhia.


Mas, se a corporação dá sinais de que o profissional será demitido, há movimentos que podem agilizar a recolocação -especialmente agora, com o mercado mais aquecido do que na época da crise.


Uma das indicações de especialistas é participar de redes sociais e estar em contato com profissionais da mesma área de atuação e colegas.

Até o local de almoço deve ser escolhido pelos contatos que pode oferecer, avalia a diretora da divisão de "outplacement" da consultoria Career Center, Vera Vasconcellos. sem preparação


"Circular em ambientes como associações profissionais, andar por eventos e escolher o shopping certo para almoçar podem aumentar a exposição de um executivo que queira mudar de emprego, sem que ele precise ser ostensivo e ficar mal visto na empresa em que trabalha."

Apesar de contar com uma rede de contatos "razoável", José Ferrari, 50, que era diretor de uma indústria química, diz ter se sentido despreparado para voltar ao mercado ao ser desligado, em 2010.

Na empresa havia 26 anos, ele afirma que não sabia como agir. Era a primeira vez que estava desempregado.

Por quatro meses, Ferrari foi auxiliado por uma consultoria de recolocação. Refez o currículo e comunicou-se com a rede de contatos.

Após 19 processos seletivos e 550 currículos enviados, ele conseguiu uma vaga como diretor de "supply chain" (cadeia de suprimentos) em uma indústria. "O que me ajudou [na recolocação] foi ter bom currículo, pois sempre fiz cursos para me manter atualizado", avalia o executivo.

Demissão de gestor cresce 30% no 1º quadrimestre

MARCOS DE VASCONCELLOS

DE SÃO PAULO

A demissão de executivos cresce desde o fim do ano passado, segundo dados de quatro das maiores consultorias de recolocação do país: Gutemberg, Lens & Minarelli, Michael Page e Produtive.

O aumento chegou a 30% no primeiro quadrimestre deste ano em relação ao mesmo período do ano passado, de acordo com estudo da Produtive com 330 executivos, em São Paulo, no Rio de Janeiro e no Rio Grande do Sul.


"Depois da recuperação [da crise], as empresas estão sendo cobradas por resultados pelos acionistas", justifica Rafael Souto, diretor-executivo da consultoria.



No saldo de demitidos estão CEOs que trouxeram retorno aquém do esperado e o segundo escalão das companhias, especialmente diretores que foram trocados com a vinda de um novo líder.


Esses últimos fazem parte de um grupo de executivos desligados por "questões políticas" -que não estão ligadas a desempenho ou relacionamento, mas a processos como fusões- e que soma 50% das demissões em 2010, diz estudo da Lens & Minarelli com 125 gestores de RH.

"Não pude mostrar todo o meu potencial", diz Francisco Castro, 48, demitido após troca de chefia no banco em que trabalhava.


A recolocação foi difícil, diz ele, que conseguiu vaga em uma outra empresa e mudou-se de Brasília para o Rio.


47% sentem alívio em desligamento


Alívio é o principal sentimento dos executivos após a demissão. É o que dizem ter experimentado 47% dos 235 gestores entrevistados pela consultoria Lens & Minarelli no ano passado.


"A cobrança está mais forte porque o Brasil está produzindo mais. A expectativa é que se produza muito, até para 'tapar buraco' da produção de outros países", explica Mariá Giuliese, CEO da consultoria, justificando a sensação dos profissionais.


O mesmo levantamento, em 2005, mostrava que 33% dos executivos sentiam-se aliviados. À época, a maior parte dizia-se surpresa, chocada ou revoltada (43%).


Hilário Vizintin, 52, ex-gerente de infraestrutura em uma multinacional de eletrodomésticos, afirma ter sentido o aumento da cobrança. Em julho do ano passado, optou por sair da empresa para ter mais qualidade de vida.


"Eu trabalhava, no mínimo, 12 horas por dia, e estava sobrecarregado e com problemas de saúde", conta ele.


PRESSÃO CONSTANTE


Segundo Vizintin, a companhia, que considera um bom lugar para trabalhar, triplicou a produção nos últimos dez anos, sem que o número de funcionários acompanhasse o crescimento.


"O nível de pressão aumentou bastante, eu ficava 24 horas 'no ar'", conta ele.


Atualmente, Vizintin dá aulas em uma faculdade e diz ter mais qualidade de vida. Mas a maior parte dos recursos para seu sustento, que antes vinha do salário, agora é fruto dos rendimentos de uma previdência privada.


Planejar a carreira para o caso de ter que sair da empresa é algo mais comum atualmente do que há cinco anos. Em 2010, 54% dos demitidos disseram ter planos para o caso da demissão; em 2005, o número era de 38%.


Os profissionais estão cada vez mais conscientes de que são eles -e não as empresas em que trabalham- os responsáveis pela carreira, avalia Marcelo Cuellar, "headhunter" da Michael Page.


"O mercado aquecido exige essa consciência. É natural que a pessoa estude, faça MBA e tenha um plano B para deixar a companhia", sinaliza o consultor.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

FALTA GLOBALIZAR O RH

As multinacionais latino-americanas estão atrasadas no quesito gestão de pessoas. E quem diz isso são os próprios executivos.

O RH das empresas latino-americanas que se internacionalizaram está defasado em relação ao dos concorrentes de países desenvolvidos. É o que dizem 88% dos executivos de gestão de pessoas que responderam a uma pesquisa da consultoria inglesa Towers Watson. Segundo eles, as práticas menos desenvolvidas são avaliação de desempenho, desenvolvimento de carreira e remuneração. “Muitas empresas internacionalizaram os negócios, mas não as práticas de RH”, diz Marco Santana, diretor da Towers Watson. Ele dá um exemplo: ao entrar em um novo mercado, as companhias oferecem o mesmo pacote de benefícios e implantam o mesmo sistema de avaliação que usam em casa, sem checar se estão adequados frente aos concorrentes daquele país ou ao modelo de negócios da nova operação. Por enquanto, há desculpas para o atraso? “As ‘multilatinas’ são muito jovens. Há múltis americanas com 100 anos só no Brasil”, diz Santana.
Fonte: revista Época Negócios (Editora Globo), ed. 50 (Abril/2011).